22 abril 2010

Paulo Sousa fala sobre arbitragem.


O treinador da equipa sénior do Redondense, Paulo Sousa, dissertou recentemente sobre a arbitragem no blog Apito de Lata do árbitro Luís Godinho.
O blog transcreve aqui as palavras do técnico:

Primeiro que tudo, queria desejar uma boa tarde a todos e agradecer o convite que me foi endereçado pelo autor deste blog (Luis Godinho)para falar sobre um tema, que é um tanto ou quanto sensivel no desporto.A arbitragem!Em suma geral, todos nós sabemos que a arbitragem têm bons e maus elementos, assim como toda uma equipa de futebol, também têm os seus bons e maus jogadores, técnicos, dirigentes, massagistas, médicos, roupeiros, colaboradores, apoiantes..etc.Creio que o mais importante, é que cada um de nós que erra, em cada uma das suas funções, saiba e reconheça esse mesmo erro, não podemos é ignora-los e culpabilizar o “outro” ...em vez de assumirmos o chamado “mea culpa”!É sobre esse ponto que me vou dirigir a todos vós, sem hipócrisias, mas com muito realismo e frontalidade! Qual foi a equipa que ainda não se sentiu “prejudicada” ou “beneficiada” quando um árbitro comete um erro ou analisa mal um lance? Creio que todos nós já tivemos esse sentimento. Por isso e porque todos nós seres humanos erramos,( e por vezes “precisamos” de errar para aprender), que eu digo, que os árbitros também erram e que precisam de reconhecer esses mesmos erros para poderem melhorar.Essa é uma das vertentes que eu acho que precisam e podem melhorar, porque assim que o fizerem, creio que todos os “outros” intervenientes num jogo de futebol, aceitam e desculpabilizam esse mesmo erro. Porque durante os 90 minutos de jogo (mais o tempo de intervalo e o de compensação) , também todos os jogadores e técnicos cometem os seus erros. Depois, ou aprendem com eles e já não voltam a cometer, ou então, erram novamente e tiram os dividendos desses mesmos erros.Outro ponto que creio que devem melhorar, é o dialogo, nomeadamente com os jogadores e técnicos. Porque não se podem esquecer, que também nós, estamos sobre uma grande carga emocional e fisica. Num meio tão pequeno, como é o nosso Distrito, todos nós nos conhecemos , seja dentro ou fora do terreno de jogo. Por isso, digo muito abertamente que aceito, concordo e creio que seria muito mais util para o árbitro gerir um jogo, haver um dialogo activo. Tratando nomeadamente os jogadores e técnicos pelos seus respectivos nomes e aceitar o seu diálogo, isto é, haver uma maior aproximidade entre todos.... e não o contrário. Porque todos nós sabemos, que a aproximidade implica respeito (vemos pelos nossos amigos e familiares).Não querendo me alongar muito, também queria deixar aqui uma sugestão á AFE, para que em cada inicio de época, elabore uns seminários, palestras ou que convide todos que queiram participar nessas actividade, a fim de conhecerem melhor as leis e até analisarem alguns casos reais de jogo, em conjunto com os árbitros. Haveria maior conhecimento e abertura para ambas as partes.